quarta-feira, 5 de maio de 2010

Manuelzão



Edição nº 13
Ano 4 / Outubro de 2000


A política de enterramento do lixo e as consequências para o país.


Essa reportagem é uma critica aos aterros sanitários em solução ao problema do excesso de lixo produzidos pelos habitantes das principais capitais do país, segundo o engenheiro civil Carlos Rabêlo.
Carlos ressalta a possibilidade do aproveitamento orgânico do lixo em questão, que possui alto percentual de sais minerais, ao invés de aderirmos passivamente às proposições que nos vem de fora. O engenheiro cita ainda soluções para diversas questões ambientais, como a fabricação de um adubo granulado seco, feito com o material desses lixões, de fácil transporte e, sobretudo de custo econômico, o que é interessante ao agricultor.
Carlos conclui a reportagem fazendo um apelo aos prefeitos, solicitando a estes interesse nesse assunto, como em projetos para usinas de tratamento de lixo que possuem todas as operações em recinto coberto, a seco, não geram o chorume, não contaminam o meio ambiente e por não serem padronizadas podem ser adequadas às necessidades do município.


Ponto de vista:

É, sem dúvida, uma solução aceitável, um retorno positivo para a sociedade, onde há um aproveitamento de resíduos inutilizados e ao mesmo tempo uma solução para vários problemas.
Contudo há de se destacar alguns detalhes como a parte econômica que para alguns municípios pode não ser viável o gasto de mais R$40,00 por tonelada de adubo orgânico processado em uma unidade de compostagem, enquanto em um aterro simples custa algo em torno de R$15,00 por tonelada de resíduos nele disposta. Neste caso deve ser analisado o contexto em que será implantado e operado esse sistema. Já o aterro sanitário, que exige o tratamento do chorume e monitoramento permanente, sem dar retorno, é dispendioso se comparado com a fabricação do adubo que pode ser vendido e, conforme o engenheiro Carlos Rabêlo, possui custo econômico.
Portanto uma ideia não exclui a outra e estes sistemas podem ser complementares entre si ( como são hoje), um sistema integrado de manejo diferenciado dos resíduos, desde que corretamente implantado, implementado, operado e dimensionado.


















Córrego desaparece em Neves



O loteamento Jardim colonial, no município de ribeirão das Neves, construído na cabeceira de um rio, ameaçava um córrego que desde 1990 possuía água corrente em seu leito. A quantidade de areia que foi depositada na calha do córrego e na área da represa determinou a morte do lago que havia no local.
De acordo com a prefeitura do município a terraplanagem foi feita sem as devidas contenções, o que acausou o assoreamento, já que o terreno se encontrava más condições. As margens do rio eram ocupadas por dragas que retiravam a areia para venda, fato este que inicialmente era clandestino contudo, acabou sendo autorizado pelo IBAMA.
Conforme a declaração de Giovana Parizze, geóloga e professora da UFMG, esta acontecido foi um absurdo, pois tratava-se de uma área de preservação ambiental (cabeceira do rio) e disse ainda que tal ação poderá gerar conseqüências como mudança no curso de rios e transformação da paisagem natural. Disse ainda que a terraplanagem deveria ser feita com planejamento , com a criação de canais ao longo das ruas para facilitar o escoamento da água. Além disso seria indispensável um reflorestamento, conclui Giovana. Para reverter o precesso incialmente foi proibido novas ocupações na área.






Arte no parque

As pessoas que passaram pelo parque Centenário, na Av. dos Andradas, bairro Vera Cruz, depararam-se co um agradável mural de 30m, feito com cacos de azulejo e ladrilhos coloridos.
Diana Figuredo, Liane Marinho e Marly Machado são as artistas que, com a ajuda da população local, produziram esse mosaico representando o Arrudas antes de sua degradação e também reforça a necessidade de uma consciência ambiental identificada principalmente com o regate da vida do peixe.
A matéria prima utilizada foi doada por fabricantes de materiais de construção e recolhida com a ajuda da prefeitura de Belo Horizonte. Os moradores do bairro vera cruz participaram ativamente de todas as etapas da construção do mosaico o que garantiu um retorno para as três artistas .





Tirando proveito do Lixo

Mas nem só de papel, plástico e alumínio vive a indústria de reciclagem. O engenheiro químico Benamin Waisberg apostou nisso e montou, Pedro Leopoldo, a Recitec, empresa preparada para reciclar o mercúrio presente nas lâmpadas fluorescentes. “O mercúrio é extremamente prejudicial ao meio ambiente, como não se decompõe, ele se acumula solo e na água e acaba contaminando o próprio homem”, explica o empresário.





O Arrudas nasce?!

População do Barreiro realiza ato pela limpeza e conservação da nascente do Arrudas.



Ponto de Vista:
Nada como o primeiro passo para por em prática uma boa idéia! E assim foi feito, pelo comitê Manuelzão Barreiro em 17 de agosto de 2000, o primeiro ato simbólico pela limpeza da nascente do Arrudas na Vila Pinha, Barreiro. Tal ação mabiliza crianças, adolescentes e pessoas que, de alguma forma, interessam-se pelo meio ambiente, refletindo a importância da educação ambiental. Assim como incentiva projetos para resgatar a qualidade da água nesse tipo de local, que podem ser ralizados por escolas locais, a comunidade e empresas.
É notável que, naquela época (2000), um dos problemas que assombrava as nascentes era o assoreamento causado por assentamentos ilegais próximos às nascentes, o que hoje em dia não mudou muito, ou seja, falta fiscalização competente para fazer valer a lei e consequentemente não seja reduzida ainda mais a quantidade de olhos d’água devido a esse problema. Uma iniciativa benéfica como esta pode ganhar apoio de órgãos públicos, particulares e, principalmente, da sociedade.
Enquanto o governo na encontra solução viável de despoluir o ribeira em questão, os idealizadores dessa idéia e seus multiplicadores seguem na luta para manter preservada a fonte.




Edição nº 14
Ano 5 / Março de 2001





Projeto Manuelzão leva Veterinária a Itabirito

O tratamento da água para consumo é o maior desejo da comunidade dos distritos de Saboeiro e Macedo localizados em Itabirito. Os distritos são servidos por pequenos cursor d’água e os moradores reclamam das dificuldades e problemas causados pela água poluída.
Por esse motivo um grupo de estudantes orientados por professores do curso de medicina veterinária da UFMG, elaboraram um prjeto de avaliação de qualidade da água e propostas de tratamento.
A primeira visita foi em setembro de 2000 e, através de entrevistas foi feito um diagnóstico do problema, constatou-se como sendo os principais entraves a ausência de consciência ambiental, o descarte do lixo próximo aos cursos d’água, a existência de sítios destinados ao lazer nos fins de semana, falta de coleta de lixo e também o processo de erosão causado por desmatamentos ocorridos na área.
Foi confirmado a necessidade da implantação de saneamento básico e proposto algumas alternativas de tratamento e instruções para práticas que melhorariam as condições de vida dos moradores, como criar um poço artesiano, cercar a nascente, construir fossas, evitar desperdício de água e evitar jogar lixo no meio ambiente.





A importância da Educação Ambiental no Ensino Formal.


Por que Educação Ambiental na Escola? A Educação Ambiental contribui para o entendimento de os problemas ambientais interferem na qualidade de vida das pessoas, tanto em nível local quanto global, e que o ser humano não é o centro da natureza e sim parte dela. Por isso, a escola deve propiciar aos seus alunos habilidades e competências para construir uma sociedade sustentável, socialmente justa e ecológica. A escola deve articular valores de diversas ordens, propiciem aos aluno condições de desenvolvimento de princ´pios morais e éticos, indispensáveis ao exercício da cidadania e a busca do bem coletivo.





Unicentro Newton Paiva e UFMG: Uma parceria ecológica.


A parceria entre o prjeto Manuelzão e o Unicentro Newton Paiva demonstra a importância da ciência e da educação na luta pela preservação ambiental. Os alunos do curso de Geografia e Meio Ambiente do Unicentro abraçaram a causa da bacia do Velhas. Participaram, ano passado (2000), do multirão de limpeza da nascente do Arrudas. Também desenvolveram estudos hidrológicos e levantamentos junto às comunidades que vivem às margens do Arrudas.




Lideranças comunitárias e exercício do poder: caso dos Comitês de Bacia


A sociedade brasileira tenta se adequar `lei dos comitês de bacia (nº 9433 de 8 de janeiro de 1997) que determinou em seus fundamentos que a água é um bem de domínio público; é um recurso natural limitado e dotado de valor econômico; que em situação de escassez, o uso prioritário passra a ser limitado para o ser humano e animais; que gestão dos recursos hídricos deve sempre proporcionar o seu uso múltiplo e que a gestão desse recursos hídricos deve ser descentralizada e contar com a participação do poder público e das comunidades.

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