sexta-feira, 2 de julho de 2010

Receita Urbana

"Tornando público o que já é PÚBLICO!"





Conceito:

A proposta do trabalho é questionar o conceito de que apenas os carros podem ocupar o espaço de uma de vaga na rua e que o pedestre não tem o direito de usufruir desse espaço que é público por natureza. Para tanto, o grupo deveria criar e executar uma intervenção em uma vaga qualquer e que fosse capaz de atrair o pedestre para esse espaço onde até então só havia carros.
O projeto do grupo objetiva ainda, contrastar o caos e o estresse da cidade grande com a paz e a tranqüilidade da pescaria. A intervenção busca recriar uma lagoa em meio ao concreto e o cinza urbano, proporcionando um ambiente calmo, onde o pedestre possa sentar, tirar os sapatos, colocar um chapéu de palha, esquecer dos problemas e pescar...







MATERIAIS:

- 1 piscina de plástico de 1000L montagem prática;
- Aproximadamente 500L de água;
- 1 carpete verde 4m x 5m;
- 4 placas de isopor (0,5m x 1m);
- 4 banquinhos de armar;
- 4 varas de pescar de bambu;
- 1 rolo de nylon;
- 4 anzóis;
- 40 peixes em sacos plásticos transparentes com arcos na amarração;
- pedras;
- capim seco;
- um lasca de tronco de árvore;
- galhos de árvore;
- 4 chapéus de palha;
- arame.

Montagem:

-Estender o carpete de forma a ocupar toda a extensão da vaga mais uma parte da calçada;
-montar a piscina centralizada no espaço da vaga e sobre as placas de isopor, utilizadas com isolante térmico;
-colocar as pedra no seu interior e encher de água;
-Preparar com parte do capim, molhos e fixá-los na face externa da piscina voltada para a rua e parte das laterais, isso na posição vertical;
-o restante do capim pode ser espalhado, horizontalmente, ao redor da piscina e em toda a extensão do carpete;
-colocar os peixes, ainda dentro dos sacos, na piscina bem espalhados;
-preparar as varas com o nylon e os anzóis;
-espalhar os bancos ao redor:
-prender os galhos em um poste e utilizá-los para pendurar os chapéus e apoiar as varas;
-a lasca de tronco de árvore será utilizada como uma placa com a seguinte frase: “Tá nervoso?”. sendo esta fixada por arame, em uma parte mais elevada e visível como um poste, placa ou mesmo árvore.



Execução:

Para uma melhor repercussão e interação do público com a intervenção, a proposta deve ser apresentada em um local e dia em que o fluxo de veículos e pessoas seja consideravelmente grande, no nosso caso a apresentação foi realizada em uma sexta-feira, em frente a um restaurante de renome na Av. Brasil, a 100m da Av. Afonso Penas e iniciou por volta de 16h30min e terminou às 22h00min. Basta assentar nos bancos, colocar o chapéu, tirar o calçado, se preferir, e começar a pescaria, ora vista o autor deve estar cansado e estressado com a montagem trabalhosa e também necessita relaxar. Logo, curiosos e interessados questionarão o fato, que deverá ser bem explicado. Estes serão convidados ou mesmo se prontificarão para uma calma pescaria em pleno centro de uma grande cidade. A partir daí o trabalho se torna auto funcional: a pessoa senta, relaxa, pesca e leva o peixinho para a casa como recordação, se quiser. No nosso trabalho optamos por doar os peixes, mas isso fica a critério do interventor.


A Casa Do Vale

SketcUP




1º andar


Térreo






terça-feira, 29 de junho de 2010

!inhotiM

Um incrível espaço em que o visitante se encanta em meio a singular beleza do jardim botânico e as majestosas exposições de obras de arte. Criado em 2005, este ambiente esta localizado logo alí, em Brumadinho, de fácil acesso e composto de relevantes aspectos para um bom admirador da flora e da arte contemporânea.
As obras são expostas em pavilhões, a céu aberto ou em galerias temporárias e permanentes. O Inhotim pode ser usufruído de maneira e por públicos diversos, graças à diversidade de nichos que oferece, estes com o objetivo de entreterem, serem contemplados, promoverem o aprendizado, ou mesmo os três. Em particular as obras expostas demonstram a novidade ideológica que incentiva e inspiram botânicos, artistas, arquitetos e outros profissionais, expondo visões inovadoras e de grande relevância no respectivo meio e que só poderiam ser apresentadas nesse espaço.
É importante ressaltar que o Inhotim não é uma área monfuncional que objetiva somente as exposições, também desenvolve pesquisas na área ambiental, ações educativas e um significativo programa de inclusão e cidadania para a população ao seu entorno.












Mais informações acesse:
http://www.inhotim.org.br/

Rios Pelo Mundo...

INTERVENÇÃO PROTESTANTE!

Não é necessários irmos muito longe para nos surpreendermos com o descaso em relação aos rios, tanto por parte do governo quanto da sociedade. Diante disso empresas e artista promovem intervenções para mobilizar ou mesmo “acordar” a sociedade para tal problema.
Estes são alguns protestos realizados aqui mesmo no Brasil, em São Paulo, para voltar os olhos de quem de direito para um situação cada vez mais sem controle.





Sabesp cria ação conjunta contra poluição do Rio Pinheiros
Março de 2010


Para comemorar a Semana da Água e ao mesmo tempo incentivar uma nova postura perante o meio ambiente a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), em parceria com o Instituto da Criança Cidadã e com a agência Lew’Lara Propaganda, criou uma ação de intervenção urbana, às margens do Rio Pinheiros, na zona sul de São Paulo.

Duas palavras, Bem-vindo e Adeus, um feita com resíduos retirados do rio e outro composta por plantas, dão o ar do manifesto.
Menos lixo e mais verde: foi assim que a Sabesp pensou ao projetar uma intervenção urbana no rio Pinheiros na semana em que se comemorou o Dia Mundial da Àgua.


Para compor a palavra “bem-vindo”, numa referência à adoção de uma nova postura, com menos lixo e mais verde, foram utilizadas cerca de 10 mil mudas de plantas. Aproximadamente 1 tonelada de resíduos retirados das margens do Pinheiros, devidamente esterilizados e limpos, serviu de matéria-prima para mais de 40 crianças formarem a palavra “adeus”, simbolizando o desejo de melhoria das águas dos rios Tietê e Pinheiros.






O artista Eduardo Srur faz intervenções urbanas e cria relações entre o homem e o ambiente em que vive .

Em outubro de 2005, o artista Eduardo Srur colocou no rio Pinheiros, no centro de São Paulo, 100 caiaques ocupados por 150 manequins de plástico. Dessa maneira, a intervenção Caiaques reconstruiu uma cena comum na capital paulista até a década de 1940: pessoas desfrutando do rio.


O misto de estranhamento e fascínio provocado pela obra trouxe consigo reflexões sobre as águas poluídas do Pinheiros. "É um rio que morreu por falta de cuidado. Com a intervenção, todos foram obrigados a ver o que não queriam", conta o artista paulistano de 33 anos. Para ele, a realidade cotidiana adormecida na mente do público pode se alterar frente a esse tipo de impacto visual.






















Eduardo Srur
Março de 2008

Esta intervenção do rio Tietê consiste em 25 infláveis gigantes ocupando um trecho de 2km, entre as pontes da Casa Verde e Limão realizada durante 30 dias e apresentando uma iluminação noturna diferenciada. "PETS" propõe a reativação visual do maior rio urbano da cidade e visa a reflexão do público para o problema de poluição das águas com lixo doméstico. A etapa final do projeto transformou as peças em 1200 casacos de nylon e foram doados para comunidades carentes da região.


















segunda-feira, 21 de junho de 2010

domingo, 6 de junho de 2010

DISSE que me DISSE

Curiosidades...

Segue o link de um site com curiosas intervenções efêmeras, permanentes, grandiosas, sutis, ousadas e etc. Como a construção de um "puxadinho" no 103º andar de um prédio, utilização de retalhos e de trico para cobrir objetos ou monumentos do cotidiano urbano, reutilização de plataformas de petróleo desativadas e muito mais.













VALE A PENA CONFERIR!!

http://www.dcomercio.com.br/especiais/dcmidia/2009_arquitetura.htm

quarta-feira, 2 de junho de 2010

DISSE que me DISSE


Estacionamento vertical na Alemanha
A engenharia alemã é lendária pelos seus projetos e obras e um destes exemplos é a torre de automóveis em Wolfsburg. Denominado Autostadt, "Cidade de Automóveis", este edifício envidraçado é um centro de exposições e depósito de automóveis da Volkswagen .

A torre é composta por vários "departamentos" ou "cubículos", que são ocupados por uma quantidade considerável de automóveis, graças à utilização de um gigantesco elevador robótico.

A parte funcional desenvolve-se da seguinte forma: chega-se com o carro, estaciona-se em uma plataforma no térreo e digita-se o número da vaga, o carro é elevado e encaixado na respectiva vaga, sem interferência humana.

O depósito, estacionamento, ou mesmo expositor, possui 600 vagas distribuídas em 20 andares.



Tecnicamente, o edifício não é o método mais eficiente, em termos de aproveitamento de todo o espaço disponível, para armazenar automóveis. A torre foi um "hit" publicitário para a série Polo da dita marca e demonstrou ser um método extremamente útil, para estacionar uma grande quantidade de automóveis em espaços reduzidos.

quarta-feira, 26 de maio de 2010

!!!USO DAS RUAS!!!

VAGA VIVA!



A Vaga Viva é uma atividade onde a área destinada para o estacionamento de um carro transforma-se em um espaço público voltado para a convivência, o lazer e áreas verdes. Isso provocará uma reflexão sobre a atual ocupação do espaço urbano da cidade, onde cada vez mais os automóveis vêem roubando o solo urbano para se transformarem em vias, viadutos, estacionamentos e etc.
Esse tipo de ocupação provoca a insustentabilidade da cidade, por conta da impermeabilização do solo, da falta de áreas verdes nas ruas (elevando as temperaturas do ambiente urbano, tornando os espaços desconfortáveis e afastando o convívio entre as pessoas), menos espaços públicos e incentiva cada vez mais o uso do transporte individual motorizado.
Surgida em São Francisco - EUA em novembro de 2005, batizada de Park(ing) Day rapidamente ganhou adeptos da idéia no mundo e no Brasil, como São Paulo, Rio de Janeiro e Curitiba.


E pra praticar é só levar o bom humor.

São Francisco - EUA




















Curitiba




O espaço é público ?

A Vaga Viva mostra que um outro mundo é possível. Mostra que a rua deveria ser um espaço de convívio. Onde todos deveriam ter direito de estar. Onde é possível conhecer pessoas e ver a sua cidade, tornando-a um lugar mais vivo e seguro.




































Rio de Janeiro - 2006

No Rio, o programa foi iniciado em 2006, e despertou a atenção de pedestres que passaram pelo local. O projeto quis alertar os cariocas sobre os males causados pelo uso de veículos motores no ambiente urbano e, ao mesmo tempo, promover o uso de bicicletas e outros veículos alternativos. As vagas ficaram em frente à Travessa dos Poetas de Calçada.
De acordo com o responsável pelo projeto e ambientalista da Transporte Ativo, Eduardo Bernhardt, a escolha do local foi feita propositalmente.
"Trata-se de um lugar com muito trânsito de pedestres e com uma calçada bastante estreita, onde fica clara a falta de espaço para a circulação. Muitas pessoas acabam caminhando pelas ruas, por causa dos carros", explica.
"É sempre uma frustração para as pessoas quando elas vêem que só estamos ali apenas por um dia. Mas esse dia é importante para que elas vislumbrem como seria o centro da cidade com menos carros e mais espaço para o convívio", diz Bernhardt, acrescentando que o evento tem a autorização da prefeitura e o apoio dos guardadores do local.





2008 - Belo Horizonte, Bairro Sta Tereza, Rua Mármore



Cadeiras e mesas colocadas sobre um gramado criam o ambiente da primeira Vaga Verde de 2008, projeto da BHTrans para incentivar a reflexão e a conscientização sobre o uso excessivo do automóvel e suas conseqüências na qualidade de vida.





Vaga verde em BH - 2006


Dia Sem Carro.

A idéia é simples: transformar o espaço ocupado por automóveis estacionados em algo muito mais útil, democrático e agradável. Incrível o
release da BHTrans (órgão de trânsito da cidade): "O projeto visa transformar esses espaços em um local de uso público". Muito bom ver um órgão de trânsito afirmando que o carro rouba espaço público. Um dos grandes absurdos da sociedade do automóvel é acharmos normal a utilização gratuita do espaço público para estacionar propriedades privadas.


Fontes:

http://wwo.uai.com.br/UAI/html/sessao_2/2008/09/04/em_noticia_interna,id_sessao=2&id_noticia=78238/em_noticia_interna.shtml
http://bicicletadacuritiba.wordpress.com/2008/07/14/2%C2%AA-vaga-viva-em-curitiba/
http://blogciclourbano.blogspot.com/