Um olhar particular nos revela interpretações diversas sobre a cidade em destaque,


Contrastando com a solidez natural das montanhas, a rigidez humana dos edifícios instalou-se definitivamente e em meados da década de 30 foi iniciado o processo de

verticalização da cidade. Fato este, juntamente com várias mudanças que sofria a cidade, desencadeou um acelerado crescimento urbano. E aos poucos Beagá foi adquirindo características dignas de uma metrópole, fonte de desenvolvimento e instalação da mão-de-obra da massa humana controlada por monopólios industriais.
Hoje, séc. XXI, Belo Horizonte ainda se mostra em formação e mutação, ou seja, o que antes era um espaço isotópico tem se tornado heterotópico e vice-versa, conforme a necessidade do desenvolvimento da cidade.
Ao saímos pelas ruas de Belo horizonte, notamos que os espaços se diferem, se sobrepõem ou mesmo, simplesmente, mudam de perspectiva conforme a interpretação ou a forma que é usado pelo observador.
As ruas e avenidas do centro cidade podem ser consideradas espaços isotópicos, onde a presença das linhas retas são comumente utilizadas e diferem-se somente pelas suas distâncias. Em contrapartida, a de se notar as praças e parques da cidade, locais que por suas particularidades são caracterizados como heterotópicos, pois se diferem tanto usualmente quanto visualmente dos outros espaços. Como exemplo a Praça Sete de Setembro, Praça da Liberdade, Parque Municipal, Parque da Gameleira dentre outros. Há locais que se confundem como os shoppings centers, que podem ser considerados como heterotópicos pela sua aversão a cidade, como também isotópicos pelas suas estruturas padronizadas.



Em outros espaços ocorre uma mudança momentânea, como a Av. Afonso Pena, que em um dia da semana, domingo, deixa de ser um espaço isotópico para dar lugar a Feira de


A acrescentar, é notável na cidade a presença de espaços neutros e não-lugares,

Portanto, como profissionais de arquitetura e urbanismo, é nosso papel nos qualificarmos de modo que não aprendamos somente a saciar as vaidades da sociedade, mas também as suas necessidades enquanto componentes de um centro urbano em constante crescimento.